quinta-feira, 30 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
![]() ![]() ![]() O mundo dos afectos, a fé e a cura![]() O mundo dos afectos, a fé e a cura |
A definição do Homem como animal racional não dá conta adequada do que somos:
de facto, não começamos por pensar, mas por sentir. Somos afectados pelo meio
ambiente, desde o ventre materno. Daí, não ser indiferente uma gravidez querida
e serena e uma gravidez vivida no meio da inquietação e do sobressalto.
No instante da concepção, está-se no que alguns chamam a "inocência do sentimento". Depois, começamos a ser afectados, positiva ou negativamente, e assim se vai formando uma atitude positiva ou negativa face ao mundo e aos outros, com consequências na auto-estima e autoconfiança ou não, com confiança no mundo e nos outros ou, pelo contrário, com desconfiança e inquietação.
Na altura, ainda se não pensa, mas sente-se. Primeiro, são os afectos. Suponhamos que, depois do nascimento, não se cuida convenientemente do bebé, ninguém lhe sorri, ninguém o acarinha. O que fica? O sentimento de frustração. Afinal, o que vale o mundo? Para que serve? Não começa aqui o sentimento de revolta, violência e destruição?
Depois, com a aquisição lenta do uso da razão, há-de estudar-se a vida afectiva, para aproveitar a sua força - querer ser e viver - na condução da existência, sabendo conviver com ela nas suas dimensões positivas e negativas. Porque a razão, sem os afectos, pode ficar paralisada, mas estes, sem aquela, podem tornar-se cegos. E assim se constata a importância do que hoje se chama a razão que sente, razão sensível, razão emocional.
É neste fundo anímico-vital afectivo que mergulha a própria fé religiosa. Esquece-se frequentemente que a fé não começa por ser religiosa, mas uma atitude fundamental da existência enquanto confiança de base. Hoje, quando o que faz falta é confiança e crédito, percebe-se melhor o tema. Mas, a um dado momento, há-de colocar-se também a questão da fé religiosa, na medida em que se põe a pergunta pelo fundamento último da confiança.
A realidade da fé como atitude fundamental de toda a existência e como possível abertura à fé religiosa, garante do sentido último e pleno, é sublinhada cada vez mais, também em estudos científicos referentes à doença e à cura. Aliás, não há aqui nenhuma descoberta, pois sempre se soube que a atitude do Homem face à vida, à doença e à própria morte depende do grau da sua confiança.
Também da confiança em Deus? "Uma grande maioria do corpo científico considera que a religião tem um impacto positivo na saúde", explicou na Time Magazine Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia.
Agora, Le Monde des Religions (n.° 54, 2012) foi investigar e dá conta de um artigo da Universidade de Oxford em 2001, com a síntese de 1200 estudos sobre a questão, concluindo que "crer , rezar, praticar uma religião levam a uma melhor resiliência às doenças mentais como a esquizofrenia e têm uma acção positiva sobre a pressão arterial e as funções imunitárias". Isto não significa que a oração seja um medicamento, mas que acreditar permite suportar melhor a doença, favorecendo o tratamento. A imagem de Deus, bom ou castigador, é fundamental.
Gail Ironson, da Universidade de Miami, num estudo sobre a ligação entre VIH e crença religiosa, conclui que, "mesmo tendo em conta os medicamentos, a espiritualidade traz um melhor controlo da doença". Nel Krause, da Universidade do Michigan, mostrou que as pessoas que acreditam que "a sua vida tem um sentido" vivem mais tempo.
O acto médico não pode ser de modo nenhum o de um técnico perante uma máquina estragada que é preciso reparar. É necessário aproximar-se do paciente dentro de uma compreensão global do Homem. Georges Engel, num artigo célebre - "The Need for a New Medical Model" -, falou de uma aproximação "bio-psico-social", que, segundo o teólogo Guy Jobin, teve enorme impacto. "Já não se trata de uma divisão do trabalho entre cura do corpo e cura das almas. Em vários sectores do cuidado - em geriatria, nos cuidados de longa duração, nos cuidados paliativos -, o acompanhante espiritual faz agora parte integrante da equipa de cuidados. É considerado um profissional como os outros membros da equipa."
No instante da concepção, está-se no que alguns chamam a "inocência do sentimento". Depois, começamos a ser afectados, positiva ou negativamente, e assim se vai formando uma atitude positiva ou negativa face ao mundo e aos outros, com consequências na auto-estima e autoconfiança ou não, com confiança no mundo e nos outros ou, pelo contrário, com desconfiança e inquietação.
Na altura, ainda se não pensa, mas sente-se. Primeiro, são os afectos. Suponhamos que, depois do nascimento, não se cuida convenientemente do bebé, ninguém lhe sorri, ninguém o acarinha. O que fica? O sentimento de frustração. Afinal, o que vale o mundo? Para que serve? Não começa aqui o sentimento de revolta, violência e destruição?
Depois, com a aquisição lenta do uso da razão, há-de estudar-se a vida afectiva, para aproveitar a sua força - querer ser e viver - na condução da existência, sabendo conviver com ela nas suas dimensões positivas e negativas. Porque a razão, sem os afectos, pode ficar paralisada, mas estes, sem aquela, podem tornar-se cegos. E assim se constata a importância do que hoje se chama a razão que sente, razão sensível, razão emocional.
É neste fundo anímico-vital afectivo que mergulha a própria fé religiosa. Esquece-se frequentemente que a fé não começa por ser religiosa, mas uma atitude fundamental da existência enquanto confiança de base. Hoje, quando o que faz falta é confiança e crédito, percebe-se melhor o tema. Mas, a um dado momento, há-de colocar-se também a questão da fé religiosa, na medida em que se põe a pergunta pelo fundamento último da confiança.
A realidade da fé como atitude fundamental de toda a existência e como possível abertura à fé religiosa, garante do sentido último e pleno, é sublinhada cada vez mais, também em estudos científicos referentes à doença e à cura. Aliás, não há aqui nenhuma descoberta, pois sempre se soube que a atitude do Homem face à vida, à doença e à própria morte depende do grau da sua confiança.
Também da confiança em Deus? "Uma grande maioria do corpo científico considera que a religião tem um impacto positivo na saúde", explicou na Time Magazine Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia.
Agora, Le Monde des Religions (n.° 54, 2012) foi investigar e dá conta de um artigo da Universidade de Oxford em 2001, com a síntese de 1200 estudos sobre a questão, concluindo que "crer , rezar, praticar uma religião levam a uma melhor resiliência às doenças mentais como a esquizofrenia e têm uma acção positiva sobre a pressão arterial e as funções imunitárias". Isto não significa que a oração seja um medicamento, mas que acreditar permite suportar melhor a doença, favorecendo o tratamento. A imagem de Deus, bom ou castigador, é fundamental.
Gail Ironson, da Universidade de Miami, num estudo sobre a ligação entre VIH e crença religiosa, conclui que, "mesmo tendo em conta os medicamentos, a espiritualidade traz um melhor controlo da doença". Nel Krause, da Universidade do Michigan, mostrou que as pessoas que acreditam que "a sua vida tem um sentido" vivem mais tempo.
O acto médico não pode ser de modo nenhum o de um técnico perante uma máquina estragada que é preciso reparar. É necessário aproximar-se do paciente dentro de uma compreensão global do Homem. Georges Engel, num artigo célebre - "The Need for a New Medical Model" -, falou de uma aproximação "bio-psico-social", que, segundo o teólogo Guy Jobin, teve enorme impacto. "Já não se trata de uma divisão do trabalho entre cura do corpo e cura das almas. Em vários sectores do cuidado - em geriatria, nos cuidados de longa duração, nos cuidados paliativos -, o acompanhante espiritual faz agora parte integrante da equipa de cuidados. É considerado um profissional como os outros membros da equipa."
domingo, 26 de maio de 2013
FRAGRÃNCIA

"O estado mais elevado de amor não é, de modo algum, um relacionamento: é simplesmente um estado do seu ser.
Assim como as árvores são verdes, aquele que ama é amoroso. Elas não são verdes apenas para determinadas pessoas: não é que quando você aparecer, elas se tornam verdes. A flor continua espalhando sua fragrância quer alguém apareça ou não, quer alguém aprecie ou não.
A flor não começa a liberar sua fragrância quando um grande poeta está se aproximando – 'Bem, este homem apreciará, este homem será capaz de compreender quem eu sou'. E ela não fecha suas portas quando vê que uma pessoa estúpida, idiota, está passando por ali – uma pessoa insensível, obtusa, um político ou alguém parecido... Ela não se fecha – 'Qual o sentido? Por que jogar pérola aos porcos?' Não, a flor continua espalhando sua fragrância. Trata-se de um estado, não de um relacionamento.” Osho
sábado, 25 de maio de 2013
INVESTIGAÇÃO
Solução para a tuberculose resistente pode passar pela vitamina C
Descoberta de investigadores da Universidade de Yeshiva, nos Estados Unidos, foi feita por acaso. Os testes foram feitos apenas em laboratório, mas abrem a porta a novos medicamentos..Por agora, a ideia ainda não saiu dos laboratórios, mas os dados preliminares são entusiasmantes: os casos de tuberculose mais resistente aos antibióticos convencionais podem ter uma melhoria significativa se ao tratamento for adicionada vitamina C. A descoberta foi feita por mero acaso, por um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein da Universidade de Yeshiva, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. E acabou por resultar num estudo agora publicado na edição online da revista científica Nature Communications.
De acordo com os investigadores, a ideia principal passa por conceber novos medicamentos para a tuberculose onde ao antibiótico seja adicionada a vitamina C, o que, além de revelar melhores resultados, também parece conseguir encurtar o tempo de tratamento (que, muitas vezes, vai de seis meses a dois anos) e torná-lo mais barato. Porém, por agora, os testes ainda não saíram do laboratório e não se sabe que resultado terá o mesmo tratamento em humanos e que doses seriam necessárias.
domingo, 19 de maio de 2013
ASTRONAUTAS RUSSO REGRESSA Á TERRA DEPOIS DE 5 MESES NO ESPAÇO
Astronauta Chris Hadfield faz sinal de positivo depois do pouso da Soyuz |
A cápsula russa Soyuz com os três astronautas, o americano Tom Marshburn, o russo Roman Romanenko e Hadfield, que completaram uma missão de 146 dias na ISS, pousou sem problemas no Cazaquistão.
A televisão estatal russa exibiu as imagens do pouso suave da cápsula perto da cidade de Karaganda.
Hadfield virou uma estrela durante a missão com suas mensagens frequentes no Twitter, que ofereceram uma visão sem precedentes da vida quotidiana no espaço, com imagens espectaculares obtidas na ISS.
Sua popularidade coincide com o debate sobre a necessidade de manter os voos espaciais tripulados em um momento de cortes orçamentários.

EUROPA E ÉTICA

Identidade narrativa, a ética, a Europa e a esperança
Se fosse vivo, teria feito 100 anos no passado dia 27 de Fevereiro. É um dos maiores filósofos do século XX, que "se tornou filósofo para se não tornar esquizofrénico".
Refiro-me a Paul Ricoeur, sendo o que aí fica, evitando tecnicismos, uma homenagem ao grande pensador humanista e cristão, que também influenciou a teologia, com a hermenêutica.
1. Pergunta nuclear da filosofia é: o que é o Homem?, quem sou eu? Ora, não se pode duvidar do facto de que eu sou; mas quem sou, o que é que eu sou: isso é duvidoso. O Homem não é transparente a si próprio. Para chegar a si mesmo, tem de fazer um grande desvio de interpretação, passando pelas obras da cultura: a literatura, as artes, as religiões, as ciências naturais - no quadro das neurociências, em diálogo com J.-P. Changeux, fez questão de acentuar a distinção fundamental entre o conhecimento científico e a experiência vivida: o sujeito não é redutível a dados empíricos -, as ciências humanas... É mediante esse percurso que o Homem vem a si próprio; reconhece-se, narrando a sua própria história, sempre aberta e em transformação. A identidade humana é narrativa.
2. A ética ocupa lugar central no pensamento ricoeuriano. É famoso, neste campo, o seu triângulo ético: a ética é "o desejo da "vida boa" com e para outrem em instituições justas". Tudo arranca do desejo: o esforço de existir, a capacidade de querer e agir, ser. Mas "eu" (primeira pessoa) não sou sem o outro, sem o "tu" (segunda pessoa), que me solicita: "O outro é meu semelhante. Semelhante na alteridade, outro na semelhança." O encontro, porém, dá-se no contexto de um "ele", "ela" (terceira pessoa), que remete para o impessoal e institucional (instituições justas).
3. A sua filosofia está profundamente enraizada. Di-lo também um texto sobre a Europa, numa entrevista de 1997, agora publicada pela Philosophie Magazine: "Estamos em guerra económica. É um problema muito perturbador, sobre o qual nunca tinha dito nada. É hoje o problema de toda a Europa ocidental. Onde, para sobrevivermos, devemos manter uma ética e uma política da solidariedade. O combate a travar tem duas frentes: por um lado, as nossas economias têm de permanecer competitivas; por outro, não podem perder a alma - o seu sentido da redistribuição e da justiça social. Um problema enorme, quase tão difícil de resolver como a quadratura do círculo...
Ainda não acabámos com a herança da violência e da última guerra.
FONTE:D.DE NOTÍCIAS 19.5.2O13
1. Pergunta nuclear da filosofia é: o que é o Homem?, quem sou eu? Ora, não se pode duvidar do facto de que eu sou; mas quem sou, o que é que eu sou: isso é duvidoso. O Homem não é transparente a si próprio. Para chegar a si mesmo, tem de fazer um grande desvio de interpretação, passando pelas obras da cultura: a literatura, as artes, as religiões, as ciências naturais - no quadro das neurociências, em diálogo com J.-P. Changeux, fez questão de acentuar a distinção fundamental entre o conhecimento científico e a experiência vivida: o sujeito não é redutível a dados empíricos -, as ciências humanas... É mediante esse percurso que o Homem vem a si próprio; reconhece-se, narrando a sua própria história, sempre aberta e em transformação. A identidade humana é narrativa.
2. A ética ocupa lugar central no pensamento ricoeuriano. É famoso, neste campo, o seu triângulo ético: a ética é "o desejo da "vida boa" com e para outrem em instituições justas". Tudo arranca do desejo: o esforço de existir, a capacidade de querer e agir, ser. Mas "eu" (primeira pessoa) não sou sem o outro, sem o "tu" (segunda pessoa), que me solicita: "O outro é meu semelhante. Semelhante na alteridade, outro na semelhança." O encontro, porém, dá-se no contexto de um "ele", "ela" (terceira pessoa), que remete para o impessoal e institucional (instituições justas).
3. A sua filosofia está profundamente enraizada. Di-lo também um texto sobre a Europa, numa entrevista de 1997, agora publicada pela Philosophie Magazine: "Estamos em guerra económica. É um problema muito perturbador, sobre o qual nunca tinha dito nada. É hoje o problema de toda a Europa ocidental. Onde, para sobrevivermos, devemos manter uma ética e uma política da solidariedade. O combate a travar tem duas frentes: por um lado, as nossas economias têm de permanecer competitivas; por outro, não podem perder a alma - o seu sentido da redistribuição e da justiça social. Um problema enorme, quase tão difícil de resolver como a quadratura do círculo...
Ainda não acabámos com a herança da violência e da última guerra.
FONTE:D.DE NOTÍCIAS 19.5.2O13
sábado, 4 de maio de 2013
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/EoA1mCqdsVM" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
quinta-feira, 2 de maio de 2013
VOLTA 25 DE ABRIL
25 de Abril
terça-feira, 30 de abril de 2013
O PERIGO DA TECNOLOGIA SEM O AVANÇO DA CONSCIENCIA

Dois gigantes da genialidade humana: um no campo da tecnologia; o outro, no campo da consciência. A consciência vê muito mais na frente. Osho já tinha previsto um Steve Jobs. E falou também: "Se a tecnologia avançar sem o desenvolvimento da consciência humana o mundo correrá grande perigo de destruição"
FONTE: INTERNET
terça-feira, 2 de abril de 2013
PROCISSÃO
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/YsDJBCLWvdo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
sexta-feira, 29 de março de 2013
NADA COMEÇA POR CIMA
Empresários portugueses contaram, em entrevistas como a lembrança das origens marcou o estilo das suas empresas.Os altos quadros que contratam teem de passar pelos serviços mais básicos, teem de contactar com as pessoas e saber o que fazem, saber sofrer como eles.Se não ficam fechados em gabinetes. Soares dos Santos um dos entrevistados,utiliza a imagem da Igreja".Porque é que a Cúria Romana é constituída por pessoas que teem 80 anos,que não sabem nada da vida, que estão ali fechados(Público 2,2.09.2012)
segunda-feira, 25 de março de 2013
SIMPLICIDADE
"Jesus, ainda menino, ensinava àqueles eruditos,
àqueles doutores da lei, de linguagem rebuscada, entupidos de palavras inúteis,
que não entravam e não deixavam ninguém entrar no Reino dos Céus; e Jesus dizia
que para entrar no Paraíso era preciso ter a
simplicidade dos lírios, a confiança dos pássaros, a pureza das crianças; quanto
mais sábia é uma pessoa mais simples se torna a sua linguagem".
OSHO
sexta-feira, 8 de março de 2013
A ARTE DO EQUILIBRIO DE COMER
equilíbrio no comer
Algo que eu tenho colocado na minha pauta diária de observação é a forma como me relaciono com a comida. Nem sempre é fácil não passar dos limites.
No livro Corpo e Mente em Equilíbrio, diz Osho: "Se empanturrar de comida é extremamente deprimente, revela um estado de espírito em desequilíbrio; a comida é algo divino, belo, quando ingerida na quantidade certa e de maneira certa, respeitosa."
Estou descobrindo um prazer maior do que se empanturrar de comida: comer de forma que meu corpo não fique asfixiado, pedindo socorro; comer de forma que me sinta bem, equilibrado, leve - para poder trabalhar, pensar, meditar, dormir, amar, viver melhor.
Fonte: Bloger deSanderson
Fonte: Bloger deSanderson
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
SINCERIDADE
sinceridade é um dos elevados atributos das almas nobres.
A origem da palavra é bela, remonta a Roma Antiga: alguns escultores de finos vasos quando queriam esconder defeitos nas suas artes passavam cera neles; mas com a ação do tempo, o embuste, a enganação, se revelava para as pessoas, que já não queriam mais adquirir obras "cum cera", preferindo as "sine cera" - daí a origem da palavra sincera.
A alma sincera é uma alma sem agenda oculta, sem esconderijos, sem obscuridades, é um coração transparente onde brilha a luz da verdade
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
UM AMIGO É UMA ANCORA
O olhar do amigo é uma âncora. A ela nos seguramos em estações diferentes da vida para receber esse bem inestimável de que temos absoluta necessidade e que, verdadeiramente, só a amizade nos pode dar: a certeza de que somos acompanhados e reconhecidos. Sem isso a vida é uma baça surdina destinada ao esquecimento.
A história de cada um de nós consuma-se através de uma necessidade de reconhecimento. Para haver um “eu” tem de existir um “tu”. Com cada homem vem ao mundo algo novo que nunca existiu, algo de inaugural e de único, mas é na construção de uma reciprocidade que de forma consistente o podemos descobrir. O “eu” tem imperiosa carência de ser olhado amigavelmente por outro, e por outros, para organizar-se e ousar o riso de ser. Já escrevia Aristóteles na Ética a Nicómaco: “o homem feliz tem necessidade de amigos”. Nós adoecemos na ausência de amigos. Precisamos desse reconhecimento mútuo, pessoa a pessoa: um reconhecimento não fundado no confronto ou na competição, mas no afeto; não determinado meramente pelas leis da justiça ou pelos vínculos de sangue, mas assente na gratuitidade.
FONTE:Bloger,Quarta Republica
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
DIA DE S. VALENTIM
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Lágrimas
Os rios nascem das lágrimas da tristeza, da saudade e do amor. Se não fosse a sensibilidade das almas das ninfas e das deusas eles não existiriam, e nós também não.
Ao longo do trajeto as águas vão-se engrossando umas vezes, turbulentas e odiosas outras, calmas às vezes, transparentes sempre que a pureza dos sentimentos os alimentam, turvas quando a raiva e a dor fazem jorrar lágrimas de sangue, azuladas e faiscantes quando a emoção da alegria as faz brotar ao fim da tarde, altura em que o sol descobre o seu dourado e o luar da noite sabe realçar o brilho prateado.
Quando as lágrimas secam, as águas deixam de correr, e a fome e a dor aparecem, frutos de um sofrimento em que não é possível sentir mais o amor.
FONTE ;NET
domingo, 3 de fevereiro de 2013
FLORBELA ESPANCA
Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894, sendo baptizada, com o nome de Flor Bela Lobo, a 20 de Junho do ano seguinte, como filha de Antónia da Conceição Lobo e de pai incógnito. É em Vila Viçosa que se desenrola a sua infância. Em Outubro de 1899, Florbela começa a frequentar o ensino pré-primário, passando a assinar Flor d'Alma da Conceição Espanca (algumas vezes, opta por Flor, e outras, por Bela). Em Novembro de 1903, aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», mostrando uma admirável precocidade e anunciando, desde já, a opção por temas que, mais tarde, virá a abordar de forma mais complexa. Ainda no mesmo ano, Florbela começa a escrever uma poesia sem título, o seu primeiro soneto.
Conclui a instrução primária em Junho de 1906, entrando para o actual sexto ano de escolaridade em Outubro do mesmo ano. No ano seguinte, Florbela aponta os primeiros sinais da sua doença, a neurastenia; além disso, escreve o seu primeiro conto, «Mamã!». Em 1908, Antónia Lobo, a mãe de Florbela morre vítima de neurose, após o que a família se desloca para Évora, para Florbela prosseguir os seus estudos no Liceu André Gouveia, com o chamado Curso Geral do Liceu, cuja sexta classe (próxima do 10º ano actual) completa em 1912. Entretanto, em 1911, começa a namorar com Alberto Moutinho, mas acaba por se afastar deste, em virtude de uma nova paixão por José Marques, futuro director da Torre do Tombo. Após romper com este, no ano seguinte, Florbela reata o namoro com Alberto Moutinho e, a 8 de Dezembro, uma vez emancipada, casa com ele, pelo civil, aos 19 anos.
Em 1914, apesar de algumas dificuldades económicas, o casal muda-se para o Redondo, na Serra d'Ossa, onde abre um colégio e lecciona. Numa festa do colégio, Florbela recita, pela primeira vez, versos seus em público. É no ano seguinte que Florbela inicia o seu caderno «Trocando Olhares», que completa ao longo de cerca de um ano e meio. Em 1916, a revista «Modas e Bordados» publica o soneto «Crisântemos», cheio de alterações ao original.
FONTE:NET
Subscrever:
Mensagens (Atom)