(Não é preciso esperar pelo dia 25.
Há que trazer a data no nosso espírito nestes dias de Abril -
e não só, mas sempre, sobretudo neste tempo em que tantos ferem os
valores morais, as liberdades, a democracia e a esperança)
(...)E se esse poder um dia o quiser roubar alguém não fica na burguesia volta à barriga da mãe. Volta à barriga da terra que em boa hora o pariu agora ninguém mais cerra as portas que Abril abriu. (...)
(...)Ora passou-se porém que dentro de um povo escravo alguém que lhe queria bem um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança feita de força e vontade era ainda uma criança mas já era liberdade.
Era já uma promessa era a força da razão do coração à cabeça da cabeça ao coração. (...) Foi então que Abril abriu as portas da claridade e a nossa gente invadiu a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra na madrugada serena um poeta que cantava o povo é quem mais ordena.
(...)Mesmo que tenha passado às vezes por mãos estranhas o poder que ali foi dado saiu das nossas entranhas.
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