quarta-feira, 30 de março de 2011

De Conferencia Episcopal

A necessária liberdade de aprender e ensinar


Não é legítimo analisar a questão da educação e do ensino, designadamente ao nível básico e secundário, à luz das leis do mercado. A educação e o ensino não são mercadorias para se transaccionarem comercialmente, mas decorrem fundamentalmente de quadros antropológicos de referência e de sistemas de valores. Os seus custos não são custos de produção, mas de formação e crescimento de pessoas a integrar socialmente e que contribuirão com o seu saber, o seu saber fazer e o seu quadro de valores para o desenvolvimento da sociedade. É, portanto, à sociedade no seu conjunto que cabe o ónus da formação dos seus membros.

Trecho da Intervenção do Dr. Marinho e Pinto

sexta-feira, 18 de março de 2011

Amendoeiras

D. Dinis e a lenda da amendoeira
Entre as muitas lendas que se contam sobre as amendoeiras em flor, há uma que envolve o rei D. Dinis. Conta-se que sua majestade e Isabel de Aragão, enquanto noivos, foram passear por terras da actual Vila Nova de Foz Côa. Entre as muitas conversas mantidas, houve uma sobre a paisagem que na altura vislumbravam. D. Dinis pede desculpas à sua esposa por não lhe ter proporcionado uma viagem por terras que tivessem outro viço e beleza. Perplexa, Isabel de Aragão sustenta que a paisgame era mais bonita do que os jardins de os jardins de Zaragoça: «Vêde-os, cheios de viço e frescura, como verdadeiros vergeis floridos!» «Floridos?», retorquiu o rei. Insistente, a princesa exalta-se alegremente: «Não vêdes?!... Não é neve! Não... São rosas! Pequeninas flores! Frágeis, brancas e levemente rosadas! Uma prenda que Deus nos deu para embelezar a nossa passagem!». As amendoeiras estavam floridas, com tons brancos e rosados. Dizia-se depois de boca em boca que tinha havido um milagre. Um milagre de amor.

sábado, 12 de março de 2011

Terramoto e Centais Nucleares o que o Japão está hoje a sentir

Não há palavras que possam descrever o que o Japão está a sentir. Efectiva e rápida solidariedade mundial é o mínimo exigível. Pelas televisões mundiais começaram logo pela manhã a chegar as imagens que nos davam uma ideia da dimensão da catástrofe. A partir do almoço as preocupações centravam-se na hipótese de chegada de tsunamis às costas da América do Norte e da América do Sul. Ao fim da tarde os olhos do mundo já estavam virados para a ameaça nuclear, por falta de refrigeração em alguns reactores japoneses - um potencial "tsunami aéreo" que pode chegar a qualquer cantinho do planeta.
Entre 1975 e 1979 estivémos na linha da frente contra a instalação da central nuclear em Ferrel, perto de Peniche
Chernobyl, no estertor da União Soviética, acabou com o mito da "energia nuclear segura".

Mas já antes, em Three Mile Island, nos EUA, um "pré Chernobyl" esteve a minutos de acontecer. E neste caso e no último momento, cientistas "omniscientes" e técnicos "especialistas", mais jornalistas estupefactos, à falta de melhores ideias, correram a perguntar ao Arcebispo Católico de Harrisburg: "E agora?" - "Agora resta-nos rezar para que não aconteça o pior...".
Three Mile Island, Chernobyl e centenas de outros "pequenos incidentes" nucleares já quase estavam a cair na gaveta do esquecimento.
Fukushima representará hoje e finalmente o início do fim da mentira nuclear