domingo, 14 de agosto de 2016

PONTE SOBRE O TEJO EM LISBOA

Foi há 50 anos sobre a inauguração da ponte que ligou Lisboa a Almada, atravessando o Tejo, hoje chamada “25 de Abril”, mas com o nome de “Salazar” na data da inauguração. A ponte tinha sido começada a construir quatro anos antes, exactamente em 5 de Novembro de 1962. Neste mesmo ano de 2016, passaram também 100 anos sobre a morte de Edmond Bartissol, o francês que concebeu um dos primeiros projectos de ponte para a travessia do Tejo na zona de Lisboa e que doou a Casa de Bocage ao município setubalense. Tudo números redondos para evocar Bartissol. Desde o primeiro trimestre de 1911 que Setúbal tem o nome de Edmond Bartissol consagrado na toponímia, dando nome à rua que antes teve S. Domingos como patrono. A razão de tal escolha está ligada à oferta da casa onde terá nascido Bocage, que o engenheiro francês fez, em 1887, à Câmara sadina. Tendo constado que a casa ia ser vendida, o engenheiro adquiriu-a, fez-lhe as obras de manutenção e doou-a à autarquia, tendo a imprensa regional da época dito que a intenção do doador era a de que ali fosse instalada “a biblioteca municipal ou um museu bocagiano”. Nascido em 20 de Dezembro de 1841, em Portel-les-Corbières, na região de Perpignan, no sul de França, Edmond Bartissol desde cedo se tornou empreendedor de génio. Em 1866, já estava na

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A PORTA FECHADA

Silêncio do outro lado da porta: porque se calaram, porque apagaram as luzes? Esta aldraba de bater à porta continua a ressoar e nem as paredes se iluminam nem cai a noite vingadora sobre as estrelas de uma constelação menor. Nenhum dos meus passos me levaria aqui. Mas eu sonhei a casa e o por dentro da casa, o piano desafinado, as flores murchas, os relógios sem corda. Como se um saber desconhecido mo ordenasse e o passado pudesse desvanecer-se enfim no que aqui digo.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

LER PARA SABER

São inúmeros os casos de livros que mudam uma vida. Napoleão - dizem - nunca mais foi o mesmo depois de ler O Príncipe, de Maquiavel. Pessoa imitou um dos seus autores favoritos, Poe, em parte da obra e grande parte da existência. Inácio de Loyola abandonou a carreira das armas ao ler uma biografia de Cristo. Marx, para o bem e para o mal, alterou as vidas de milhões de pessoas. E Nietzsche também - ao ponto de ter alucinado um certo cabo austríaco que combateu na I Guerra Mundial e usava um bigodinho ridículo. Ibsen influenciou legislação sobre os direitos das mulheres. Conan Doyle e Simenon marcaram tantos de tal forma que até personagens saídos da sua imaginação, como Sherlock Holmes e o comissário Maigret, se tornaram mais célebres do que os autores, gerando romagens a Baker Street em Londres e ao Boulevard Richard-Lenoir em Paris. Romeu e Julieta, figuras de papel, seduziram mais do que inúmeras pessoas de carne e osso. E já nem falo dos mundos que se descobrem em cada livro da Bíblia...
Sabemos sempre de onde partimos com um livro na mão. Mas somos incapazes de imaginar até onde ele nos conduz. É também isto - é sobretudo isto - que faz o fascínio da literatura.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

PENSAMENTO

Sigmund Freud
“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis, e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente.”
― Sigmund


domingo, 24 de abril de 2016

LIVROS

Um dos adjectivos mais bonitos que algo pode conter é ser chamado de clássico: livro clássico, pensamento clássico, oratória clássica, arte clássica, advocacia clássica, estilo clássico.

Clássico é o antigo sempre moderno pelo seu valor, pelo seu brilho, pela sua verdade, pela sua perenidade que nem o tempo nem o modismo podem destruir.

Fonte : Sanderson Moura Advogado