segunda-feira, 4 de julho de 2016

A PORTA FECHADA

Silêncio do outro lado da porta: porque se calaram, porque apagaram as luzes? Esta aldraba de bater à porta continua a ressoar e nem as paredes se iluminam nem cai a noite vingadora sobre as estrelas de uma constelação menor. Nenhum dos meus passos me levaria aqui. Mas eu sonhei a casa e o por dentro da casa, o piano desafinado, as flores murchas, os relógios sem corda. Como se um saber desconhecido mo ordenasse e o passado pudesse desvanecer-se enfim no que aqui digo.

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