sexta-feira, 2 de março de 2012

TODOS FAZEMOS FALTA

“Idosos são úteis, capazes e fazem falta à sociedade”, uma verdade que as sociedades que se dizem desenvolvidas e modernas se têm encarregado de negar, promovendo desde os bancos da escola uma ideia negativa em relação à velhice, associando-lhe incapacidade, doença, inutilidade, incompetência. Com efeito, os valores das sociedades modernas alteraram-se e hoje o que se privilegia é a novidade, a inovação, a mudança, como sendo traços de juventude. Porque são os jovens, nas escolas e depois nos centros de investigação e nas empresas, que aprendem e constroem as tecnologias e fazem descobertas que mudam o mundo todos os dias. São um símbolo de energia e vitalidade que contrasta com o saber acumulado e a experiência da vida dos mais velhos que facilmente descartamos e queremos ignorar como se fosse possível prescindirmos desses valores.
A ideia de que o futuro depende dos jovens - o que não deixa de ser verdade - assim dito desvaloriza a existência das pessoas mais velhas remetendo-as para pessoas improdutivas que estão a mais, que não são necessárias, olhadas como um fardo social e económico, esquecendo-nos que os jovens de hoje serão os velhos de amanhã e que passarão pela mesma discriminação se, entretanto, não formos capazes de mudar a forma como encaramos o envelhecimento. A quem aproveita esta lógica?
Curiosamente, o Japão, uma das sociedades mais industrializadas do mundo e tecnologicamente mais avançadas, adoptou activamente políticas que visam dar sentido e propósito à vida das pessoas idosas. As pessoas idosas no Japão são consideradas, são úteis à sociedade e têm graus de realização superiores aos que se verificam na Europa.
2012 é o Ano Europeu do Envelhecimento Activo. Envelhecer com qualidade, significa não apenas viver mais anos com saúde, mas deve significar uma participação positiva na actividade social

fONTE:QUARTA REPUBLICA---NET

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