domingo, 25 de março de 2012

Sebastião da Gama

Sebastião Artur Cardoso da Gama nasceu em Azeitão, em 1924, e faleceu em 1952.

A obra de Sebastião da Gama encontra-se directamente relacionada com a Serra da Arrábida, onde vivia e local que se tornou inspiração para escrever alguns dos seus livros, especialmente Serra-Mãe, escrito em 1945.
O poeta natural de Azeitão, também foi professor, tendo escrito o Diário, que relata o seu convívio com os alunos e o testemunho da sua experiência como docente. Esta obra também aborda uma grandiosa reflexão sobre o ensino, escrita em prosa.
Para além destas duas obras que já referimos, Sebastião da Gama também escreveu Loas a Nossa Senhora da Arrábida, em 1946 (com a colaboração de Miguel Caleiro), Cabo da Boa Esperança, em 1947, Campo Aberto, em 1951. Contudo, só após a sua morte é que obras como Pelo Sonho é que Vamos, Itinerário Paralelo, O Segredo é Amar e Cartas I foram publicadas em 1953, 1967, 1969 e 1994 respectivamente.

Sebastião da Gama

"Pequeno poema"

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

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