domingo, 17 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
A PORTA FECHADA
Silêncio do outro lado da porta:
porque se calaram, porque apagaram as luzes?
Esta aldraba de bater à porta
continua a ressoar e nem as paredes se iluminam
nem cai a noite vingadora
sobre as estrelas de uma constelação menor.
Nenhum dos meus passos me levaria aqui.
Mas eu sonhei a casa e o por dentro da casa,
o piano desafinado, as flores murchas,
os relógios sem corda.
Como se um saber desconhecido mo ordenasse
e o passado pudesse desvanecer-se enfim
no que aqui digo.
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