sábado, 22 de novembro de 2014

SERÕES DA BEIRA

POESIA DA BEIRA de Herculano Rebordão * SERÕES DA BEIRA Saudosos tempos dos serões da Beira: O lume vivo, a ceia a fumegar! Lá dentro, era a carícia da lareira. Lá fora, o triste vento a ventejar. O fogo crepitava. A companheira, A bela chama alegre, a saltitar, Inundava de luz a casa inteira E animava os serões do nosso lar.
Depois, o teu novelo e a tua agulha Que em teus dedos passava, qual fagulha A pontificar de luz os teus bordados! Serões da Beira, vós viveis ainda e Ela, bordando, é cada vez mais linda, Na chama dos meus olhos deslumbrados. * - natural do Souto da Casa [1906 - 1975]

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