segunda-feira, 3 de junho de 2013

HÁ VALORES

Já não há valores por ANSELMO BORGES01 junho 2013152 comentários Já não há valores! Aí está uma afirmação que se ouve constantemente, vinda de ex-presidentes da República, bispos, professores, padres, pais e mães, educadores. De quase toda a gente. A afirmação, porém, não é verdadeira. Evidentemente, continua a haver valores. Não é possível viver sem valores. Não há sociedade sem valores. O que se passa é que mudou a escala de valores. A hierarquia dos valores, agora, é outra. Abraham Maslow estabeleceu uma famosa pirâmide: a pirâmide das necessidades humanas. Segundo o psicólogo norte-americano, essas necessidades têm uma hierarquia ascendente, que vai, portanto, da base até aos níveis superiores. As necessidades básicas confundem-se com as necessidades fisiológicas, condição de sobrevivência: respirar, comer, beber, dormir, reproduzir-se. No segundo patamar, encontra-se a necessidade de segurança, que tem a ver com a integridade do corpo, da saúde, a salvaguarda dos bens e da propriedade. As necessidades de pertença estão no terceiro plano e referem-se à necessidade de identidade e de afecto; daí, a importância da amizade, do amor, da vida familiar e grupal. O quarto nível é ocupado pelas necessidades de estima, tanto no que se refere a si mesmo - auto-estima - como confiança nos outros: estimar-se a si e aos outros e ser estimado e respeitado pelos outros. No quinto nível, temos a realização pessoal, com tudo o que isso implica de criatividade, ética, vida interior, sentido e transcendência. Evidentemente, esta escala é discutida e discutível, pois pode não ser tão universal como pode parecer, não tendo na devida conta a sua determinação histórica e cultural. No entanto, como escreveu Frédéric Lenoir, parece possível "considerar estes cinco tipos de necessidades como sendo todos, e com a mesma dignidade, condições do bem-estar, da felicidade, da realização de si". FONTE: DIÁRIO DE NOTÍCIAS

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